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segunda-feira, abril 21, 2008

China vende armas ao Zimbabwe



Enquanto o direito internacional permitir que se vendam armas a países beligerantes ou violadores dos direitos humanos, algo está muito mal. Fala-se na China, mas poderíamos também falar nos EUA. Nunca poderemos falar de paz verdadeira enquanto houver quem lucre com guerras. As empresas de armamento americanas lucram com a guerra no Iraque, no Afeganistão, no Médio-Oriente. A China e a Rússia lucram igualmente com o aumento da procura de armamento em países beligerantes. África foi e continua a ser um mercado de armamento enquanto houver instabilidades étnicas, religiosas e culturais. Por mais que os países ditos desenvolvidos falem em paz e desenvolvimento, na verdade as grandes empresas que lucram com a guerra nunca vão permitir que os seus governos de facto contribuam para terminar com a instabilidade em África. Enquanto África for pobre haverá fome e sede, haverá luta pelo domínio de bens alimentares, haverá etnias contra etnias, povos contra povos. Enquanto as democracias em África forem frágeis, serão presas fáceis para países como a China sedentos de riqueza, ansiosos por explorar esses povos ignorantes, prontos a vender-se em troca de um pedaço de pão.

Enquanto a China e os EUA tiverem papel decisivo no seio da ONU, não vai ser possível mudar seja o que for. Enquanto não forem alterados os equilíbrios geo-estratégicos das potências, vai ser muito difícil mudar seja o que for. Os interesses económicos vão sempre sobrepor-se aos políticos, vão sempre ter a última palavra ainda que nos bastidores.

É preciso mudar a conjuntura em que vivemos, dar voz a uma Europa mais forte capaz de se fazer ouvir, dar voz aos povos mais fracos para que a sua exploração e sofrimento não sejam esquecidos.

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