Certos momentos pedem-me palavras.
Reclamam-nas, com um fluir metafísico que não ignoro...
Talvez porque o aceite
Integro-o subtilmente na sina que me rege -
Dever etéreo e pleno de toda a Verdade...
É um entender musical,
Emergido do não-sei-quê da melodia que penso pensar
- melhor dito, que me pensa -
e por onde erro pisando o chão outonal de um brumoso jardim...
- Talvez uma nobre e breve aceitação -
Quem sabe a Verdade surgida do meu carácter abstracto
- interior inquilino que me mora -
...
Eu...
Lágrimas
Tensões libertadas.
Espaços para chorar tudo o que se é
E não é...
Ó melodia...
Por que trazes alada em ti a emoção de um cadáver deserto?
Redimes a carne carregando em ti todas as tristezas humanas?
Pobre Homem
"A linguagem é a casa do ser. E nessa morada habita o homem. Os pensadores são os guardiães dessa morada" M. Heidegger
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terça-feira, janeiro 17, 2006
Procuro escrever uma sinfonia.
Não sei se me bastam as palavras...
Não sei se a melodia a que me proponho é Parte
Ou Tudo.
Talvez nunca a complete.
Talvez não me esteja destinada tal proeza
Senão a da intuição quase carnal desse,
Tudo...
Lá vou vencendo em espaços, lapsos temporais –
Simples pedaços...
Carrego o fardo supremo do Arké
Sem nunca o ter objectivamente vislumbrado
- porque se o fizesse deixaria de ser Arké -
...
Não me escapam em certos momentos
Os élans vitais...
Sei-os apenas e só,
De um saber simpático
...
Não sei se me bastam as palavras...
Não sei se a melodia a que me proponho é Parte
Ou Tudo.
Talvez nunca a complete.
Talvez não me esteja destinada tal proeza
Senão a da intuição quase carnal desse,
Tudo...
Lá vou vencendo em espaços, lapsos temporais –
Simples pedaços...
Carrego o fardo supremo do Arké
Sem nunca o ter objectivamente vislumbrado
- porque se o fizesse deixaria de ser Arké -
...
Não me escapam em certos momentos
Os élans vitais...
Sei-os apenas e só,
De um saber simpático
...
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