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terça-feira, novembro 15, 2005

Aos aspirantes a cultos

O movimento humano designa uma vontade comum, essa mesma vontade de mudança que faz evoluir uma ideia, uma tese, um ideal. Se nos juntamos para mudar, é porque sabemos que juntos seremos mais fortes. Um partido não pode nem deve representar apenas os elementos que o constituem. Sendo assim esse partido não representa ninguém senão aqueles cujos interesses individuais falam mais alto. Por isso um partido deve desde logo ser o porta-voz de um determinado grupo, comunidade ou classe. Os mais instruídos desta sociedade tem a obrigação cultural de lutar pela justiça, pela verdade, e por todos aqueles ideais que progressivamente e à força de muita luta, obrigarão a sociedade a subir no patamar do desenvolvimento verdadeiro. Nós que estudamos, que felizmente estamos ligados à cultura, ao saber e à história; nós que somos fieis depositários e transfiguradores do conhecimento, temos a obrigação de contribuir para a verdade e democracia. Somos os escultores do mundo. Como tal, é nossa obrigação polir pacientemente as arestas desta rude pedra que nos é entregue pelos nossos pais, e onde vivemos para a entregar aos vindouros, na esperança que continuem nobremente este trabalho. Mas para tal não basta que nos juntemos para dar voz a esta verdade. Não bastam palavras, nem alusões vazias à podridão do mundo, dessas que se dizem bem sentados e bem comidos, à mesa do café. Mudar o mundo começa por nos mudarmos a nós mesmos. Só mudando quem somos podemos mudar o que o mundo será. Porque o mundo somos nós, e o exemplo para a mudança não o devemos esperar de mais ninguém senão de nós mesmos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Já dizia a música que a primeira das revoluções tem que ser no nosso quintal, mas ainda os há que de tanto andarem por si mesmos a "arrumar" tudo deixam de saber por que é que o fazem. Partindo do princípio que a "arrumação" termina unicamente quando morremos, há quem nunca chegue a perguntar-se porquê ou quem nunca chegue a pôr a cabeça de fora.